sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Livets træ

Vivemos em uma época, denominada pelos historiadores do futuro como Idade Média. Talvez já passasse da quinta lua crescente do ano de 333 a.c.  Muitas árvores e água lamacenta abaixo da grande ponte que ligava as duas famílias, dois povos birrentos e separados pelo orgulho. Um povo de Ammétis contra o povo de Lún. De um lado os pinheiros, do outro as macieiras. Eu te amava, tu me amavas. Porém éramos distintos, embora pelo jeito como nos portávamos, parecêssemos da realeza, éramos simples, aspirantes  e anciãos da bruxaria. Vestíamos de trapos quando não obrigados a aderir da luxúria que nossos pais haviam conquistado sobre as costas machucadas de tantos camponeses, artesãos e caçadores. Não éramos prometidos um ao outro, mas todos sabiam do sentimento entre nós. Numa noite amena, fui te encontrar no pântano que cobre o espaço entre nossos reinos. Era noite de Lua Cheia, tu demorastes a chegar, mas veio e com um brilho no olhar que só a mim era dirigido. Te vi chegando no escuro, com tua capa, com minha capa voando quando tu te aproximou e me abraçou. Quando tu te aproximou e disse que me amava e o vento que soprava anunciava que éramos um pro outro um sopro de vida, um aconchego da imortalidade. Batia a lua no centro do nosso céu e vimos as árvores do pântano sem sombra. Era hora de ir embora. Vimo-nos tão pouco que as capas negras que usávamos respingaram água marrom quando corremos de volta para nossos reinos.